Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial https://koan.emnuvens.com.br/psicopato pt-BR Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial Homossexualidade, Psicopatologia e Saúde Mental https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/48 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo objetiva discutir a presença da homossexualidade como psicodiagnóstico no </span><span style="font-weight: 400;">Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), além das implicações práticas da presença de tal diagnóstico no manual estatístico elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CID. Primeiramente caracterizaremos a construção histórica da homossexualidade como patologia, discutindo os acontecimentos históricos que fizeram com que tal diagnóstico fosse incluido em manuais como o DSM e o CID e, depois, excluído dos manuais em questão. Após, abordaremos alguns dos impactos que a homofobia e a classificação da homossexualidade como transtorno mental têm no sujeito, citando, por exemplo, maiores taxas de transtornos mentais e de suicídio entre os homossexuais. Além dos impactos no sujeito, abordaremos brevemente a atenção necessária do sistema de saúde com o grupo já citado. Por fim, nos posicionamentos, como autores, sobre o assunto, elucidando os motivos para tal posicionamento, além de apresentarmos nossa visão sobre como o assunto deve ser tratado.</span></p> Bernardo Peressoni Luz Luiz Henrique Toresan Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Um Estudo sobre o Transtorno da Personalidade Antissocial https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/47 <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do presente trabalho é contextualizar como se dá o real Transtorno da Personalidade Antissocial (TPAS) e contrapô-lo com sua representação midiática. Para isso, é abordada a descrição psiquiátrica do transtorno e uma exploração das implicações decorrentes do diagnóstico, a partir do entendimento de que a descrição previamente citada não oferece uma compreensão satisfatória do fenômeno psicológico. Depois, discutiu-se acerca de como a mídia representa os indivíduos com TPAS de maneira extrema e sensacionalista, associando-os sempre à imagem de </span><em><span style="font-weight: 400;">serial killers</span></em><span style="font-weight: 400;">, e de que a disseminação de tal visão tem consequências tanto no imaginário social quanto em questões mais práticas, como tratamentos e inserção na sociedade. Por fim, conclui-se que há uma super-representação da violência, que atende a um propósito econômico de entretenimento massificado cujo peso em sociedades capitalistas supera muito a demanda por dignidade e emancipação dos indivíduos com o transtorno.</span></p> Anna Júlia Santana Vicente Lucas Pereira Sagaz Luísa Marques Almeida Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Ansiedade em tempos de pandemia: uma problemática contemporânea https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/36 <p><span style="font-weight: 400;">O aumento dos níveis de ansiedade tem se apresentado como um grave problema contemporâneo na esfera da saúde mental. Nesse contexto, a pandemia do coronavírus vem influenciando fortemente o aumento dos níveis de ansiedade nas populações. Dessa forma, o objetivo do trabalho consiste em </span><span style="font-weight: 400;">apresentar o cenário pandêmico do coronavírus e suas consequências à saúde mental das populações, em especial ao aumento dos sintomas de transtornos de ansiedade e refletir sobre os aspectos que influenciam esse aumento assim como suas formas de enfrentamento. Para a conclusão dos objetivos, foi realizada uma extensa revisão da literatura da área e posterior reflexão acerca dos achados.</span><span style="font-weight: 400;"> Sendo assim, o medo de contrair o vírus, o isolamento social, a preocupação financeira devido a situação econômica mundial e a absorção exacerbada de notícias sobre a doença são alguns dos motivos encontrados na literatura para o aumento da ansiedade nesse contexto de pandemia. Como formas de enfrentamento, é importante a realização de estratégias que promovam uma saúde coletiva aos indivíduos, o acesso à informação de qualidade, assim como o incentivo aos cuidados com a alimentação, a higiene do sono e a prática de exercícios, são uma boa forma de lidar com as questões de saúde mental de maneira preventiva e não excludente. Além disso, o isolamento social, admitido como uma das formas de evitar a propagação do vírus, tem gerado adaptações para as próprias práticas psicoterápicas, sendo estas regulamentadas e orientadas pelo CFP na categoria online, o que pode ser favorável </span><span style="font-weight: 400;">uma vez que existem muitos casos com elevado grau de intensidade e precisam passar por um acompanhamento psicológico</span><span style="font-weight: 400;">. Por fim, cabe destacar a importância do investimento em programas de saúde mental</span> <span style="font-weight: 400;">na prevenção e promoção da população de forma coletiva e universal. Assim, podendo ter a possibilidade de amparar a população no quesito saúde mental em momentos típicos, haja vista que o aumento dos níveis de ansiedade já eram observados antes mesmo da pandemia, mas também em situações atípicas, como é o caso de uma crise pandêmica.</span></p> Maria Laura Kellermann Marcellino Matheus Leoni Dultra Brasil Mateus Vicente Takayama Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 A depressão como uma das consequências da Pandemia de Covid-19. https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/46 <p><span style="font-weight: 400;">Depressão é uma das doenças psiquiátricas mais diagnosticada na população mundial. É uma patologia ainda em estudo, com classificação no DSM e traz como escopo sintomas pré marcados como um quadro de tristeza profunda que impede a o sujeito ter uma rotina social e obter um bem estar pleno. As causas para a depressão são diversas e parte do pressuposto da subjetividade e frustrações do indivíduo. Essa doença entra em voga na discussão durante as medidas restritivas na pandemia de COVID-19 por alterar o as relações sociais, e o temor do contágio pelo novo coronavírus afetando diretamente toda a população. O objetivo este trabalho é abordar a relação entre depressão e o coronavírus,se durante a pandemia houve um aumento nos relatos e diagnósticos de depressão. Inicialmente, faremos um breve histórico sobre a depressão, como esta se desassociou da melancolia e passou a ser entendida como uma patologia com diversos subtipos. Depois mostraremos relação entre as medidas restritivas e sua influência em sintomas que sinalizam depressão, causados durante a pandemia da COVID-19 .</span></p> Caio Lapa Guilherme Gomes Silva Leoni Rita Vitória Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 A Psicologia frente a patologização e medicalização da vida https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/45 <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo tem como tema a análise do crescente fenômeno de patologização e medicalização da vida na contemporaneidade. Para tal, utilizamos para discussão as contribuições do materialismo histórico e dialético de Marx e Engels e da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e Leontiev, segundo suas articulações com a ontologia dos afetos de Espinosa. Estas concepções teóricas partem da compreensão de ser humano como ser histórico e social, nos permitindo analisar este fenômeno não apenas como efeito reduzido ao indivíduo e determinado biogeneticamente, mas como processo de adoecimento psíquico dos sujeitos à luz das condições sociais que o produzem. A discussão aqui presente busca apontar para a importância da superação do paradigma biomédico e incorporação de um debate crítico sobre como a macro-estrutura capitalista produz o adoecimento dos sujeitos.</span></p> Rodrigo Antonio Toso Lilian Meira Souto Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Um olhar sobre o transtorno bipolar https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/41 <p>Este trabalho tem como objetivo compreender e refletir sobre o transtorno bipolar. A sua inclusão no DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística) e qual o atual olhar que temos construído socialmente sobre o TAB (Transtorno Afetivo Bipolar). A de trazer ainda, como é retratado esse transtorno em duas obras cinematográficas, “As faces de Helen” e “O Gambito da rainha”.</p> Luane Vargas Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 O transtorno dissociativo de identidade e a sua representação na mídia a partir do filme “Fragmentado” https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/39 <p>O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é um transtorno psicopatológico popularmente conhecido como “dupla personalidade”, é caracterizado pela segregação da mente em personalidades distintas na forma de agir e se relacionar com o mundo. O filme Fragmentado, de M. Night Shyamalan nos apresenta como protagonista o personagem Kevin Wendell Crumb, indivíduo diagnosticado com TDI. A partir da representação do quadro no filme Fragmentado, o presente estudo objetiva realizar uma análise do TDI, examinando como a sintomatologia e a dinâmica do transtorno são retratados na história do protagonista. São discutidos os critérios diagnósticos trazidos pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5), as características etiológicas e a dinâmica do transtorno, bem como os estereótipos em relação a este diagnóstico. Compreendeu-se que a obra cinematográfica possui embasamento científico dialogando com diversos critérios diagnósticos do DSM-5 possuindo uma relevante representação da dinâmica relacional entre identidades do protagonista. Entretanto, a representação ficcional violenta e agressiva do personagem com Transtorno Dissociativo de Identidade, bem como a propagação do estereótipo&nbsp; de que as identidades de pessoas com TDI são tão diferentes umas das outras que podem ser caracterizadas como indivíduos separados, pode produzir uma influência social que propague a estigmatização e dificulte a representatividade e aceitação das pessoas com o transtorno na sociedade.</p> Stefany Lunkes Joana Milan Lorandi Laura Muneron Busatto Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Psicopatologia e racismo https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/40 <p>O presente texto visa discorrer sobre psicopatologia e racismo, focando na população negra e baseando-se, principalmente, na contribuição teórica do autor martinicano Frantz Fanon, bem como em outros materiais que abordam o aspecto histórico e sócio-cultural do racismo no Brasil. Neste sentido, o racismo enquanto uma psicopatologia da sociedade brasileira, dentre suas diversas problemáticas, também impacta negativamente na formação de subjetividades. Assim, espera-se produzir reflexões que ampliem o urgente debate sobre a saúde mental da população negra brasileira, bem como que apontem possíveis caminhos para o resgate da positivação de subjetividades pretas, dado o contexto extremamente racista que é o Brasil.&nbsp;</p> Yamilet Nunes de Quadros Letícia Lima Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Medicalização da infância: zelo ou mercadoria? https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/32 <p><strong>Resumo:</strong> Esse ensaio discorre sobre a intensificação dos processos de medicalização na infância, observados na incorporação de leis as quais legitimam tal prática no âmbito nacional e no município de Florianópolis. A medicalização infantil é um reflexo de uma cultura intimamente associada a concepções biologicistas de ‘ser humano’, cristalizada no conceito ‘neurocultura’. Ademais, está intimamente ligada ao controle social inerente aos Estados Modernos, nos conceitos de ‘biopoder’ e biopolítica, de forma que a vida privada se tornou objeto do controle público. Nesse sentido, observou-se nos últimos anos um forte encorajamento à racionalidade médica por meio do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o qual substancializa legislações de avaliação compulsória aos ‘transtornos infantis’. Desse modo, a legislação brasileira suporta de forma progressiva a manipulação de medicamentos para infantes, de forma que o presente texto visa analisar tal problemática, de modo a questionar os impactos no campo epistemológico da psicologia.</p> Nicolas Bonelli Lima Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Transtorno de oposição desafiante https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/31 <p>O presente texto tem por objetivo abordar o Transtorno de Oposição Desafiante (TOD), que está inserido na categoria de Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em sua quinta edição (DSM-5). Pelo Manual, ele é caracterizado como um padrão frequente e persistente de humor raivoso/irritável de comportamento questionador/desafiante ou de índole vingativa, que causa para o indivíduo interações problemáticas e conflituosas com outras pessoas. Nesse sentido, buscou-se apresentar quais são os critérios diagnósticos definidos pelo DSM-5 e quais os&nbsp; possíveis aspectos e fatores associados ao TOD para uma melhor compreensão de sua gênese. O referido transtorno também foi abordado em contexto escolar e seu processo de inclusão, a partir de um exemplo de caso. Muito embora não tenha sido privilegiada nenhuma abordagem psicológica, procurou-se dar destaque para as intervenções dos profissionais da psicologia, por considerar suas competências para avaliar e auxiliar na melhora deste quadro psicopatológico. Por último, foi apresentado problematizações acerca do diagnóstico do Transtorno de Oposição Desafiante e a função que o DSM-5 pode exercer enquanto dispositivo de segurança, através dos estudos foucaultianos.</p> Michelle Menezes Rampinelli Michelle dos Santos Cassol Gabriela Barbieri Baumgarten Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Subjetividade brasileira pós-colonial https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/29 <p><span style="font-weight: 400;">O presente estudo teve como objetivo refletir as heranças da história colonial do Brasil e sua influência na forma de sofrimento de seu povo. As relações de mando e obediência se mostram presentes, atualizando a tradição escravista ainda insuperada. A trabalhadora doméstica ocupa a posição de trabalho análoga à escravidão, apesar de recentes avanços na legislação trabalhista destas. A oposição entre as classes é mediada pelo medo da violência, arraigada na subjetividade da classe média como justificativa da autossegregação e privatização do espaço público, representado no crescimento dos condomínios fechados. Tais condomínios revelam uma tonalidade higienista que enfraquece a democracia porque atualiza a Casa Grande. Percebe-se que a subjetivação de ambas as posições sociais na dialética Casa Grande e Senzala apresenta sofrimentos específicos baseados em privatização e subordinação, respectivamente. </span><span style="font-weight: 400;">Dessa forma, se apresenta a necessidade de aproximação a uma psicopatologia fundamentada socialmente, que reflita uma saúde mental em indissociabilidade com as relações históricas, sociais e políticas que a atravessam, a fim de compreender mais integralmente a subjetivação no Brasil e como isso afeta o sofrimento existencial.</span></p> Mirna Victória Unkelbach Werner Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Ensaio teórico: transtorno dissociativo de identidade sob a análise dos filmes “fragmentado” e “clube da luta” https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/21 <p><span style="font-weight: 400;">O Transtorno Dissociativo de Identidade é um transtorno caracterizado, a partir do DSM-V, pela presença de dois ou mais estados de personalidades distintas, tendo essa ruptura compreendida como uma descontinuidade da ideia de si mesmo e de suas ações de forma acentuada, apresentando alterações psico-afetivas e comportamentais. Este transtorno tem sido pouco explorado pelas pesquisas brasileiras, sendo muitas vezes, caracterizado de forma patologizante e preconceituosa. O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma análise dos filmes “Fragmentado” e “Clube da Luta”, a partir da compreensão do Transtorno Dissociativo de Identidade sob o olhar da psicologia e propor reflexões acerca do transtorno e suas características. Ainda, propõe-se análises a partir de perspectivas além das apresentadas pelo DSM-V, como também incluir outros fatores no estudo da doença, como gênero e contexto sociocultural.</span></p> Alice de Carvalho Ferreira Bárbara Lorenzi Garcia Beatriz Dutra Costa Oliveira Bruna Puente Hensel Isabella Perecin Vitti Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 O suicídio e a psicopatologia: Uma revisão histórica de um problema histórico https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/12 <p><span style="font-weight: 400;">O termo suicídio é bastante recorrente entre as descrições de diversos quadros clínicos. O objetivo desta busca foi encontrar qual a base histórica na qual sustenta-se uma saída tão drástica para os sofrimentos humanos. Desde os períodos remotos da história humana o suicídio tem gerado debates acalourados, tendo como ponto chave a publicação do artigo que consolida o “efeito Werther”, provocando mudanças na forma como o suicídio passa a ser trabalhado na esfera pública. Entretanto, apesar da defesa por uma forma de vivenciar o suicídio como algo privado, é na sociedade onde podemos encontrar, enquanto seres relacionais, as condições histórico-culturais que levam tantos sujeitos a uma busca pela morte voluntária.</span></p> Rita de Cássia Pereira Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-11 2020-11-11 1 1 Transtorno Dissociativo de Identidade: um mecanismo de proteção complexo https://koan.emnuvens.com.br/psicopato/article/view/38 <p>Este documento se propõe a caracterizar e refletir sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), realizando uma revisão histórica, biológica e social desta doença categorizada no DSM-V. Isto foi realizado através de um resgate histórico, de análise neuroanatômica do transtorno e da reunião de relatos de indivíduos com TDI encontrados na literatura e em redes sociais. O TDI, anteriormente chamado de Transtorno de Personalidades Múltiplas, é um tipo de transtorno dissociativo caracterizado por dois ou mais estados de&nbsp; identidades que se alternam. Além da ruptura na identidade, indivíduos com TDI experimentam amnésias dissociativas e episódios de despersonalização e desrealização persistentes e recorrentes. Várias regiões cerebrais foram implicadas na fisiopatologia do transtorno, incluindo o córtex orbitofrontal, o hipocampo e a amígdala. A história do TDI é marcada por controvérsias e discordâncias científicas no que diz respeito à origem e aos critérios diagnósticos. Entretanto, a literatura atual mostra que há evidências biológicas e sociais que fortalecem esse transtorno dissociativo, sendo associado a traumas na infância. É ainda um transtorno que necessita de maior discussão e aprofundamento teórico, dada a complexidade tanto do transtorno quanto da subjetividade e comportamento humanos.</p> Amanda Macário de Almeida Arieli Belloli Ribeiro Laura Benedetti Copyright (c) 2020 Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial 2020-11-12 2020-11-12 1 1