Psicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencial
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pt-BRPsicopatologia crítica: perspectivas do sofrimento existencialHomossexualidade, Psicopatologia e Saúde Mental
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo objetiva discutir a presença da homossexualidade como psicodiagnóstico no </span><span style="font-weight: 400;">Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), além das implicações práticas da presença de tal diagnóstico no manual estatístico elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CID. Primeiramente caracterizaremos a construção histórica da homossexualidade como patologia, discutindo os acontecimentos históricos que fizeram com que tal diagnóstico fosse incluido em manuais como o DSM e o CID e, depois, excluído dos manuais em questão. Após, abordaremos alguns dos impactos que a homofobia e a classificação da homossexualidade como transtorno mental têm no sujeito, citando, por exemplo, maiores taxas de transtornos mentais e de suicídio entre os homossexuais. Além dos impactos no sujeito, abordaremos brevemente a atenção necessária do sistema de saúde com o grupo já citado. Por fim, nos posicionamentos, como autores, sobre o assunto, elucidando os motivos para tal posicionamento, além de apresentarmos nossa visão sobre como o assunto deve ser tratado.</span></p>Bernardo Peressoni LuzLuiz Henrique Toresan
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2020-11-112020-11-1111Um Estudo sobre o Transtorno da Personalidade Antissocial
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<p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do presente trabalho é contextualizar como se dá o real Transtorno da Personalidade Antissocial (TPAS) e contrapô-lo com sua representação midiática. Para isso, é abordada a descrição psiquiátrica do transtorno e uma exploração das implicações decorrentes do diagnóstico, a partir do entendimento de que a descrição previamente citada não oferece uma compreensão satisfatória do fenômeno psicológico. Depois, discutiu-se acerca de como a mídia representa os indivíduos com TPAS de maneira extrema e sensacionalista, associando-os sempre à imagem de </span><em><span style="font-weight: 400;">serial killers</span></em><span style="font-weight: 400;">, e de que a disseminação de tal visão tem consequências tanto no imaginário social quanto em questões mais práticas, como tratamentos e inserção na sociedade. Por fim, conclui-se que há uma super-representação da violência, que atende a um propósito econômico de entretenimento massificado cujo peso em sociedades capitalistas supera muito a demanda por dignidade e emancipação dos indivíduos com o transtorno.</span></p>Anna Júlia Santana VicenteLucas Pereira SagazLuísa Marques Almeida
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2020-11-112020-11-1111Ansiedade em tempos de pandemia: uma problemática contemporânea
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<p><span style="font-weight: 400;">O aumento dos níveis de ansiedade tem se apresentado como um grave problema contemporâneo na esfera da saúde mental. Nesse contexto, a pandemia do coronavírus vem influenciando fortemente o aumento dos níveis de ansiedade nas populações. Dessa forma, o objetivo do trabalho consiste em </span><span style="font-weight: 400;">apresentar o cenário pandêmico do coronavírus e suas consequências à saúde mental das populações, em especial ao aumento dos sintomas de transtornos de ansiedade e refletir sobre os aspectos que influenciam esse aumento assim como suas formas de enfrentamento. Para a conclusão dos objetivos, foi realizada uma extensa revisão da literatura da área e posterior reflexão acerca dos achados.</span><span style="font-weight: 400;"> Sendo assim, o medo de contrair o vírus, o isolamento social, a preocupação financeira devido a situação econômica mundial e a absorção exacerbada de notícias sobre a doença são alguns dos motivos encontrados na literatura para o aumento da ansiedade nesse contexto de pandemia. Como formas de enfrentamento, é importante a realização de estratégias que promovam uma saúde coletiva aos indivíduos, o acesso à informação de qualidade, assim como o incentivo aos cuidados com a alimentação, a higiene do sono e a prática de exercícios, são uma boa forma de lidar com as questões de saúde mental de maneira preventiva e não excludente. Além disso, o isolamento social, admitido como uma das formas de evitar a propagação do vírus, tem gerado adaptações para as próprias práticas psicoterápicas, sendo estas regulamentadas e orientadas pelo CFP na categoria online, o que pode ser favorável </span><span style="font-weight: 400;">uma vez que existem muitos casos com elevado grau de intensidade e precisam passar por um acompanhamento psicológico</span><span style="font-weight: 400;">. Por fim, cabe destacar a importância do investimento em programas de saúde mental</span> <span style="font-weight: 400;">na prevenção e promoção da população de forma coletiva e universal. Assim, podendo ter a possibilidade de amparar a população no quesito saúde mental em momentos típicos, haja vista que o aumento dos níveis de ansiedade já eram observados antes mesmo da pandemia, mas também em situações atípicas, como é o caso de uma crise pandêmica.</span></p>Maria Laura Kellermann MarcellinoMatheus Leoni Dultra BrasilMateus Vicente Takayama
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2020-11-112020-11-1111A depressão como uma das consequências da Pandemia de Covid-19.
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<p><span style="font-weight: 400;">Depressão é uma das doenças psiquiátricas mais diagnosticada na população mundial. É uma patologia ainda em estudo, com classificação no DSM e traz como escopo sintomas pré marcados como um quadro de tristeza profunda que impede a o sujeito ter uma rotina social e obter um bem estar pleno. As causas para a depressão são diversas e parte do pressuposto da subjetividade e frustrações do indivíduo. Essa doença entra em voga na discussão durante as medidas restritivas na pandemia de COVID-19 por alterar o as relações sociais, e o temor do contágio pelo novo coronavírus afetando diretamente toda a população. O objetivo este trabalho é abordar a relação entre depressão e o coronavírus,se durante a pandemia houve um aumento nos relatos e diagnósticos de depressão. Inicialmente, faremos um breve histórico sobre a depressão, como esta se desassociou da melancolia e passou a ser entendida como uma patologia com diversos subtipos. Depois mostraremos relação entre as medidas restritivas e sua influência em sintomas que sinalizam depressão, causados durante a pandemia da COVID-19 .</span></p>Caio LapaGuilherme Gomes Silva Leoni Rita Vitória
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2020-11-112020-11-1111A Psicologia frente a patologização e medicalização da vida
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<p><span style="font-weight: 400;">Este estudo tem como tema a análise do crescente fenômeno de patologização e medicalização da vida na contemporaneidade. Para tal, utilizamos para discussão as contribuições do materialismo histórico e dialético de Marx e Engels e da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e Leontiev, segundo suas articulações com a ontologia dos afetos de Espinosa. Estas concepções teóricas partem da compreensão de ser humano como ser histórico e social, nos permitindo analisar este fenômeno não apenas como efeito reduzido ao indivíduo e determinado biogeneticamente, mas como processo de adoecimento psíquico dos sujeitos à luz das condições sociais que o produzem. A discussão aqui presente busca apontar para a importância da superação do paradigma biomédico e incorporação de um debate crítico sobre como a macro-estrutura capitalista produz o adoecimento dos sujeitos.</span></p>Rodrigo Antonio TosoLilian Meira Souto
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2020-11-112020-11-1111Um olhar sobre o transtorno bipolar
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<p>Este trabalho tem como objetivo compreender e refletir sobre o transtorno bipolar. A sua inclusão no DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística) e qual o atual olhar que temos construído socialmente sobre o TAB (Transtorno Afetivo Bipolar). A de trazer ainda, como é retratado esse transtorno em duas obras cinematográficas, “As faces de Helen” e “O Gambito da rainha”.</p>Luane Vargas
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2020-11-112020-11-1111O transtorno dissociativo de identidade e a sua representação na mídia a partir do filme “Fragmentado”
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<p>O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é um transtorno psicopatológico popularmente conhecido como “dupla personalidade”, é caracterizado pela segregação da mente em personalidades distintas na forma de agir e se relacionar com o mundo. O filme Fragmentado, de M. Night Shyamalan nos apresenta como protagonista o personagem Kevin Wendell Crumb, indivíduo diagnosticado com TDI. A partir da representação do quadro no filme Fragmentado, o presente estudo objetiva realizar uma análise do TDI, examinando como a sintomatologia e a dinâmica do transtorno são retratados na história do protagonista. São discutidos os critérios diagnósticos trazidos pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5), as características etiológicas e a dinâmica do transtorno, bem como os estereótipos em relação a este diagnóstico. Compreendeu-se que a obra cinematográfica possui embasamento científico dialogando com diversos critérios diagnósticos do DSM-5 possuindo uma relevante representação da dinâmica relacional entre identidades do protagonista. Entretanto, a representação ficcional violenta e agressiva do personagem com Transtorno Dissociativo de Identidade, bem como a propagação do estereótipo de que as identidades de pessoas com TDI são tão diferentes umas das outras que podem ser caracterizadas como indivíduos separados, pode produzir uma influência social que propague a estigmatização e dificulte a representatividade e aceitação das pessoas com o transtorno na sociedade.</p>Stefany LunkesJoana Milan Lorandi Laura Muneron Busatto
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2020-11-112020-11-1111Psicopatologia e racismo
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<p>O presente texto visa discorrer sobre psicopatologia e racismo, focando na população negra e baseando-se, principalmente, na contribuição teórica do autor martinicano Frantz Fanon, bem como em outros materiais que abordam o aspecto histórico e sócio-cultural do racismo no Brasil. Neste sentido, o racismo enquanto uma psicopatologia da sociedade brasileira, dentre suas diversas problemáticas, também impacta negativamente na formação de subjetividades. Assim, espera-se produzir reflexões que ampliem o urgente debate sobre a saúde mental da população negra brasileira, bem como que apontem possíveis caminhos para o resgate da positivação de subjetividades pretas, dado o contexto extremamente racista que é o Brasil. </p>Yamilet Nunes de QuadrosLetícia Lima
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2020-11-112020-11-1111Medicalização da infância: zelo ou mercadoria?
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<p><strong>Resumo:</strong> Esse ensaio discorre sobre a intensificação dos processos de medicalização na infância, observados na incorporação de leis as quais legitimam tal prática no âmbito nacional e no município de Florianópolis. A medicalização infantil é um reflexo de uma cultura intimamente associada a concepções biologicistas de ‘ser humano’, cristalizada no conceito ‘neurocultura’. Ademais, está intimamente ligada ao controle social inerente aos Estados Modernos, nos conceitos de ‘biopoder’ e biopolítica, de forma que a vida privada se tornou objeto do controle público. Nesse sentido, observou-se nos últimos anos um forte encorajamento à racionalidade médica por meio do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o qual substancializa legislações de avaliação compulsória aos ‘transtornos infantis’. Desse modo, a legislação brasileira suporta de forma progressiva a manipulação de medicamentos para infantes, de forma que o presente texto visa analisar tal problemática, de modo a questionar os impactos no campo epistemológico da psicologia.</p>Nicolas Bonelli Lima
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2020-11-112020-11-1111Transtorno de oposição desafiante
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<p>O presente texto tem por objetivo abordar o Transtorno de Oposição Desafiante (TOD), que está inserido na categoria de Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em sua quinta edição (DSM-5). Pelo Manual, ele é caracterizado como um padrão frequente e persistente de humor raivoso/irritável de comportamento questionador/desafiante ou de índole vingativa, que causa para o indivíduo interações problemáticas e conflituosas com outras pessoas. Nesse sentido, buscou-se apresentar quais são os critérios diagnósticos definidos pelo DSM-5 e quais os possíveis aspectos e fatores associados ao TOD para uma melhor compreensão de sua gênese. O referido transtorno também foi abordado em contexto escolar e seu processo de inclusão, a partir de um exemplo de caso. Muito embora não tenha sido privilegiada nenhuma abordagem psicológica, procurou-se dar destaque para as intervenções dos profissionais da psicologia, por considerar suas competências para avaliar e auxiliar na melhora deste quadro psicopatológico. Por último, foi apresentado problematizações acerca do diagnóstico do Transtorno de Oposição Desafiante e a função que o DSM-5 pode exercer enquanto dispositivo de segurança, através dos estudos foucaultianos.</p>Michelle Menezes RampinelliMichelle dos Santos Cassol Gabriela Barbieri Baumgarten
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2020-11-112020-11-1111Subjetividade brasileira pós-colonial
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente estudo teve como objetivo refletir as heranças da história colonial do Brasil e sua influência na forma de sofrimento de seu povo. As relações de mando e obediência se mostram presentes, atualizando a tradição escravista ainda insuperada. A trabalhadora doméstica ocupa a posição de trabalho análoga à escravidão, apesar de recentes avanços na legislação trabalhista destas. A oposição entre as classes é mediada pelo medo da violência, arraigada na subjetividade da classe média como justificativa da autossegregação e privatização do espaço público, representado no crescimento dos condomínios fechados. Tais condomínios revelam uma tonalidade higienista que enfraquece a democracia porque atualiza a Casa Grande. Percebe-se que a subjetivação de ambas as posições sociais na dialética Casa Grande e Senzala apresenta sofrimentos específicos baseados em privatização e subordinação, respectivamente. </span><span style="font-weight: 400;">Dessa forma, se apresenta a necessidade de aproximação a uma psicopatologia fundamentada socialmente, que reflita uma saúde mental em indissociabilidade com as relações históricas, sociais e políticas que a atravessam, a fim de compreender mais integralmente a subjetivação no Brasil e como isso afeta o sofrimento existencial.</span></p>Mirna Victória Unkelbach Werner
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2020-11-112020-11-1111Ensaio teórico: transtorno dissociativo de identidade sob a análise dos filmes “fragmentado” e “clube da luta”
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<p><span style="font-weight: 400;">O Transtorno Dissociativo de Identidade é um transtorno caracterizado, a partir do DSM-V, pela presença de dois ou mais estados de personalidades distintas, tendo essa ruptura compreendida como uma descontinuidade da ideia de si mesmo e de suas ações de forma acentuada, apresentando alterações psico-afetivas e comportamentais. Este transtorno tem sido pouco explorado pelas pesquisas brasileiras, sendo muitas vezes, caracterizado de forma patologizante e preconceituosa. O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma análise dos filmes “Fragmentado” e “Clube da Luta”, a partir da compreensão do Transtorno Dissociativo de Identidade sob o olhar da psicologia e propor reflexões acerca do transtorno e suas características. Ainda, propõe-se análises a partir de perspectivas além das apresentadas pelo DSM-V, como também incluir outros fatores no estudo da doença, como gênero e contexto sociocultural.</span></p>Alice de Carvalho FerreiraBárbara Lorenzi GarciaBeatriz Dutra Costa OliveiraBruna Puente HenselIsabella Perecin Vitti
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2020-11-112020-11-1111O suicídio e a psicopatologia: Uma revisão histórica de um problema histórico
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<p><span style="font-weight: 400;">O termo suicídio é bastante recorrente entre as descrições de diversos quadros clínicos. O objetivo desta busca foi encontrar qual a base histórica na qual sustenta-se uma saída tão drástica para os sofrimentos humanos. Desde os períodos remotos da história humana o suicídio tem gerado debates acalourados, tendo como ponto chave a publicação do artigo que consolida o “efeito Werther”, provocando mudanças na forma como o suicídio passa a ser trabalhado na esfera pública. Entretanto, apesar da defesa por uma forma de vivenciar o suicídio como algo privado, é na sociedade onde podemos encontrar, enquanto seres relacionais, as condições histórico-culturais que levam tantos sujeitos a uma busca pela morte voluntária.</span></p>Rita de Cássia Pereira
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2020-11-112020-11-1111Transtorno Dissociativo de Identidade: um mecanismo de proteção complexo
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<p>Este documento se propõe a caracterizar e refletir sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), realizando uma revisão histórica, biológica e social desta doença categorizada no DSM-V. Isto foi realizado através de um resgate histórico, de análise neuroanatômica do transtorno e da reunião de relatos de indivíduos com TDI encontrados na literatura e em redes sociais. O TDI, anteriormente chamado de Transtorno de Personalidades Múltiplas, é um tipo de transtorno dissociativo caracterizado por dois ou mais estados de identidades que se alternam. Além da ruptura na identidade, indivíduos com TDI experimentam amnésias dissociativas e episódios de despersonalização e desrealização persistentes e recorrentes. Várias regiões cerebrais foram implicadas na fisiopatologia do transtorno, incluindo o córtex orbitofrontal, o hipocampo e a amígdala. A história do TDI é marcada por controvérsias e discordâncias científicas no que diz respeito à origem e aos critérios diagnósticos. Entretanto, a literatura atual mostra que há evidências biológicas e sociais que fortalecem esse transtorno dissociativo, sendo associado a traumas na infância. É ainda um transtorno que necessita de maior discussão e aprofundamento teórico, dada a complexidade tanto do transtorno quanto da subjetividade e comportamento humanos.</p>Amanda Macário de AlmeidaArieli Belloli RibeiroLaura Benedetti
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2020-11-122020-11-1211