A Psicologia frente a patologização e medicalização da vida
Resumo
Este estudo tem como tema a análise do crescente fenômeno de patologização e medicalização da vida na contemporaneidade. Para tal, utilizamos para discussão as contribuições do materialismo histórico e dialético de Marx e Engels e da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e Leontiev, segundo suas articulações com a ontologia dos afetos de Espinosa. Estas concepções teóricas partem da compreensão de ser humano como ser histórico e social, nos permitindo analisar este fenômeno não apenas como efeito reduzido ao indivíduo e determinado biogeneticamente, mas como processo de adoecimento psíquico dos sujeitos à luz das condições sociais que o produzem. A discussão aqui presente busca apontar para a importância da superação do paradigma biomédico e incorporação de um debate crítico sobre como a macro-estrutura capitalista produz o adoecimento dos sujeitos.